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2018 chega ao fim e é hora de fazer o balanço... ou pelo menos refletir sobre algumas coisas que me moem.
Quanto a vocês não sei, mas para mim este foi um ano nheca cujos últimos quatro meses foram um verdadeiro teste aos nervos e onde, a cada dia que passa, me questiono o que será de nós se um dia tivermos o azar de precisar de recorrer às urgências de um hospital. Levamos a vida a trabalhar que nem loucos em nome do bem estar(?) e, de repente, vem uma puta de uma doençazeca que, na melhor das hipóteses, nos tira o sono durante uns tempos e fará colocar tudo em perspetiva.
Pergunto - me também que merda de país é este que me suga uma parte substancial do vencimento em impostos para financiar sabe lá Deus quantas fundações, banqueiros com amnésia ou políticos com especial apetência por fotocópias, deixando os cofres do estado à míngua sem capacidade para pagar a quem de direito.Falo dos profissionais de quem precisamos e que injustamente desvalorizamos: enfermeiros e professores. Os primeiros, que estão sempre na linha da frente quando precisamos de alguém que efetivamente cuide de nós. Os segundos, a quem entregamos os nossos filhos diariamente (e que fazem muito do trabalho que devia ser nosso) e a quem exigimos "só" a excelência sem nunca nos lembrarmos que antes de serem professores, são seres humanos.
Pergunto - me que espécie de gente nos tornámos que posta toda a merda e um par de botas mas não faz a porra de um telefonema (ou visita) àquela pessoa que, abnegadamente, tanto nos deu de si. Temos de beber um cafezinho e pôr a conversa em dia ! - dizemos. Quando? Um dia destes. Quando houver tempo. Sempre o filha da puta do tempo que nos escapa entre os dedos.
Assusta-me pensar que aquela pessoa "insuspeita" foi capaz de abandonar o seu animal sem sequer olhar para trás.
Mas isto sou só eu a pensar.
Não liguem.
Muito provavelmente é a gordura a subir - me à cabeça que me faz ficar tão...lúcida.
Entra um novo ano e com ele a crença, ou a esperança, vá, de que tudo vai ser diferente. Melhor.
Por via das dúvidas, vou beber uns canecos que esta coisa da lucidez não me faz bem nem tem muito a ver comigo.
A todos os que por aqui andam desejo,de coração, que o ano que se avizinha vos traga apenas coisas boas. Se isso não acontecer, uma coisa é certa: basta continuarem a visitar este canto que durante (pelo menos) 10 segundos a vida não parecerá assim tão bera .
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