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Há uns anos aconteceu-me uma coisa que já deve ter acontecido a muito boa gente:uma amiga começou a sair com um merdas que, entre vários predicados,galava tudo o que mexesse.
Como já lhe conhecia o historial,alertei-a.
Levou a mal.
Ficou azeda comigo durante algum tempo. Acho que pensou que lhe estaria a invejar a sorte pois na altura eu estava sozinha e saíamos muito as duas.
Só que não.
Podem faltar-me muitas aptidões mas de burra tenho muito pouco . Acho que o criador me quis compensar a falta de centímetros e o excesso de maluqueira com um faro apuradíssimo para detetar a filha da putice a léguas.
Os meses foram passando e a coisa foi ficando mais...séria. Prometi a mim mesma que nunca mais lhe diria uma única palavra sobre o gajo. E assim foi. A nossa relação de amizade voltou a ser o que era mas o gajo continuava a ser um assunto sobre o qual nenhuma das duas ousava falar. Um verdadeiro elefante na loja de cristais.
Eu sentia - a feliz e isso... bastava.
O gajo foi tentando conquistar a minha simpatia mas teve azar : sou de ideias fixas e quando quero/preciso sou a filha da puta mais fria à face da Terra. Não me orgulho disto mas a verdade é que esta é uma das características mais vincadas em mim.
Um dia, sem que nada o fizesse prever, vi-o com outra gaja num sítio improvável. Ele não me viu e eu fiquei com um dilema por resolver : contar ou não contar.
Segui o meu instinto e contei.
Resultado: o gajo desmentiu tudo e a minha "amiga" zangou-se comigo de vez.
E foi graças ao meu instinto que percebi que afinal aquela pessoa não merecia a minha amizade.
Ao longo do tempo fez várias tentativas para se reaproximar de mim mas lá está , este feitiozinho de merda apagou do disco rígido qualquer sentimento que algum dia nutri por aquela pessoa. Como se nunca tivesse feito parte da minha vida.
E nunca mais me lembrei desta história...até hoje ter visto isto no Facebook:
Para que conste, eu não sou a poia.
E de fofinhice também não tenho nada.
Portanto, descobri que afinal sou um cérebro. Foram precisos 46 anos. Mas cheguei lá.
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