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Sabem aquelas mães que assim que põem a vista nos filhos acham que são as coisas mais lindas deste mundo? Eu não sou dessas mães. Ou pelo menos não foi isso que senti assim que olhei para a minha filha.
Talvez por estar ainda completamente drogada com a anestesia geral, talvez por estar desejosa de lhe contar os dedos todos e ver se estava tudo no sítio ou talvez por estar demasiado excitada por conseguir voltar a ver os meus trombos pés.E a patareca.E os joelhos. Talvez por isso tudo junto mas principalmente porque ainda não tinha tido tempo de olhar para o lado.
Éramos quatro no mesmo quarto e eu a única cesariana ou seja, a minha filha foi a única que não fez qualquer esforço para nascer dado que bastou abrirem -me um buraco para sua excelência ser retirada da posição sentada-com-pernas-à-chinês em que se encontrava desde os quatro meses de gestação.
A bebé do lado, tirada a fórceps, parecia um allien com a cabeça em bico;
A da frente, tinha cabelo até às costas e uns olhos de boga com quinze dias de gelo.
A outra, não tinha cabelo, devia estar no percentil 200 [ e a mãe que estava fresquinha que nem uma alface depois de um parto normal?] e tinha a pele a cair.
Posto isto, a minha filha era de facto um bebé muito... aceitável mas longe da bebé mesmo linda que se viria a tornar um mês após o nascimento e por quem me apaixonei já lá vão 17 aninhos, and counting.
Maneiras que não me venham com merdas que 99% dos bebés quando nascem não são nenhuns príncipes.Quer dizer...até podem ser...
Pequeno caso sério verdadeiramente empenhada no aumento da taxa de natalidade deste país.
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