Pequeno caso sério

Sono profundo. Daquele mesmo bom. Temperatura ideal : nem frio, nem calor. Sonhos que se  encadeiam na perfeição parecendo mesmo que são reais. E era tão bom que fossem reais...

De repente, e sem nada que o justifique, o sono acaba de forma natural. É revigorante quando se acorda sem o som irritante do alarme. 

Espera lá... por falar em alarme...

A MERDA DO ALARME NÃO TOCOU!

[claro que tocou...]

Toda a paz e calma são substituídos pelo desnorte e pela correria. O duche que já não se toma; o pequeno almoço que se salta; a roupa que é escolhida ao calhas e os sapatos que estão à mão. 

Chaves do carro; mala ao ombro e ala que se faz tarde. Mas não sem antes se deitar a mão ao portátil que ficou de véspera em cima da mesa da cozinha. 

Chega - se finalmente ao destino e todos os olhos se desviam para quem acabou de chegar.

Pede - se desculpa pelo atraso e tira-se o portátil para tentar acompanhar o trabalho que já decorre. 

E é aí que até o chefe que estava furioso com o atraso, se desmancha...