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Segunda-feira.
Aquele diazinho filho da puta de que ninguém gosta.
O outono instalou-se de vez e já fiz a transfega do calçado de inverno.Dei comigo um 'cadinho triste. Não me interpretem mal pois adoro botas mas saber que andar descalça é uma ideia cada vez mais remota dá-me nos nerves. Enfim, é o ciclo da vida.
Lá fora a chuva caiu sem dó nem piedade durante o sábado. Ainda assim, decidi sair para almoçar numa clara afirmação de rebeldia para com S.Pedro,assim como quem diz "vaita foder! Tu não mandas em mim! Se quiser saio, aliás, olha pra mim a fazer-me à estrada, meu cabrão!"
E lá fui.
Trânsito caótico.
Pára-arranca capaz de fazer qualquer um voltar para trás. Qualquer um mas não esta menina que o belo leitão e sua pele tostada e estaladiça merecem toda a dedicação.
Numa das muitas paragens no trânsito olho lá para fora e observo as pessoas que andavam na rua apressadas a fugir da chuva. Uma delas reteve o meu olhar.
Um homem numa paragem de autocarro.
Estava de pé com o guarda chuva preto aberto.
Coçou o cu.
Sem cerimonias.
Repetidamente.
E foi aí que me ocorreu um pensamento profundo que já tinha lido algures e que se adequava à situação.
Vale a pena pensar nisto.
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