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Odete e Cremilde, vizinhas há uma vida, fechadas em casa, mantêm o contacto naquele sítio onde passam grande parte da vida :à janela.
- ´Tão Odete, tás bem melher?
- Nem por isso...
- ´Tão? Não te deixes ir abaixo melher...isto há-de passar...'Tás com sódades de ter a casa cheia?
- Achas? Se há coisa boa c'o virus trouxe foi ter folga da trabalheira que era ter a casa sempre cheia principalmente aos almoços e jantares.'Tava fartinha de lavar loiça e carregar sacos do supermercado!
- ´Tão é o quê? 'Tou-te a achar munte murcha...
- Dói-me a cabeça...
- Já tomastes um comprimide?
- Não tenho! O mê Zei tomou o ultimo e não me avisou...fiquei descalça...e não queria ir à farmácia buscar...tenhe mede do Covides!
- Ó melher, não seja por 'inse...escreve lá num papel o que queres que eu dou ao meu filho e ele vai lá buscar.
- Eh pá ...obrigade!
Odete foi 'pa dentro e escreveu num papel o nome do medicamento para as dores de cabeça.
O mitra pequeno, filho de Cremilde, vai à farmácia e entrega o papel ao farmacêutico.
O farmacêutico solta uma gargalhada que se ouve na farmácia toda.
O chefe, intrigado, decide ver o que se passa.
Espreita para o papel e, rendendo-se às evidências,dá também uma gargalhada:
#Estudaemcasa
#Nuncaétardeparaprender
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