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Há uns anos parei numa passadeira para uma rapariga atravessar. O Sr. que vinha atrás de mim distraiu-se e a frente do carro dele veio conhecer a traseira do meu de forma violenta.
O aparato foi grande tendo em conta que era hora de ponta numa das mais movimentadas ruas da cidade. A senhora da passadeira, viu e seguiu o seu caminho como se nada fosse. Não houve a mínima preocupação em perceber se o Sr. que me bateu (e demorou a sair do carro) tinha ficado bem e se algum de nós precisava de ajuda.
Cinco anos depois, a cena repete-se.
A mesma rua, uma passadeira uns metros mais abaixo. Parei para uma rapariga atravessar, o motociclista que vinha atrás de mim distraiu-se e pimba! Traseira do meu carro danificada, mota no chão ao lado do homem e o aparato esperado nestas circunstâncias.
Mais uma vez, da transeunte recebemos apenas indiferença. Seguiu o seu caminho como se não estivesse ali uma pessoa deitada na estrada com uma mota ao lado.
Em ambos os acidentes não consigo compreender como é que o ser humano se tornou tão indiferente.
E quando achava que o que testemunhei já era chocante, vejo isto:
Uma pessoa cai numa rua com movimento suficiente para ser notado. No entanto, ninguém o socorre durante horas...até que, ironicamente, um sem abrigo dá o alerta. Infelizmente, demasiado tarde já que o homem de 85 anos acaba por morrer no hospital. Causa da morte: hipotermia.
Em 2022, depois de uma queda banal, uma pessoa morre de hipotermia numa movimentada rua de Paris por falta de assistência.
Pergunto:
Que merda de mundo é este? Não ia ficar tudo bem? 🌈
Pois.
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