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Setembro de 2022.
Um véu que supostamente não estaria bem colocado(?) deu azo a que uma mulher fosse morta.
Indignada, outra mulher preparava-se para se manifestar contra a opressão em que vivem e acabou ela própria morta por também não ter a cabeça coberta.
E foi preciso estas duas mortes terem viralizado para que os direitos básicos num país altamente opressor viessem para a ordem do dia, como se de uma novidade se tratasse.
Só o facto de haver uma entidade (?) denominada Polícia da moralidade iraniana diz muito sobre o que por lá se deve passar.
E se nos choca que os direitos de qualquer cidadão sejam manipulados em nome de uma moral religiosa, mais nos devia chocar que se agravem só pelo facto de se ter nascido mulher. Seja no Irão ou noutro sítio qualquer. Seja qual for a religião em causa.
Foram duas vidas interrompidas.
Duas mulheres.
Que tiveram a infelicidade de nascer no sítio errado. Quer fosse no século passado, quer fosse neste porque, na realidade, por lá, há muito que o tempo parou.
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