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Se tal como eu têm de se deslocar em viatura própria para o trabalho é com certeza frequente terem de dar palha à mula, vulgo, atestar o depósito.
Ora sucede que como sou uma tesa do caraças aproveito o facto de ter um cartão de "desconto" numa gasolineira que está associado ao seguro do carro e que me permite não só poupar uns euritos de cada vez que lá vou como também (aquilo que todo o pobre gosta) acumular pontos que posso trocar mais tarde por pequenos eletrodomésticos ou por qualquer produto que tenham em catálogo. Até aqui tudo muito bem. Parece que é coisa pouca mas ao fim do ano quando me mandam por mail a quantia que poupei com o cartão, até bato palminhas.E se juntarmos também o cartão do marido, até faço o pino.
Acontece que muito recentemente a bomba a que me desloco quase sempre deixou de ter disponível a modalidade chegue-abasteça-e-pague-só-no-fim. Agora, é preciso ir primeiro lá dentro pagar e só depois abastecer. Tudo bem. Até consigo perceber que na modalidade anterior os calotes fossem mais que muitos e tenham obrigado os donos das gasolineiras a precaver-se.
O que eu não aceito é fazerem de mim ainda mais parva.
Ontem ao fim da tarde fui abastecer com 30 euros (pobre que é pobre, abastece às mijinhas).
Agarro no toalhete de papel e seguro na agulheta que enfio no depósito.
Assim que aperto, sinto um jato poderoso a sair que até tremia a mão.
Quando chegou aos 27 euros, minhas amigas, aquilo parecia um velho de oitenta anos a mijar para uma árvore: um jato que mal se sentia e muito d-e-v-a-g-a-r-i-n-h-o. Levei o dobro do tempo a abastecer 3 euros comparativamente aos outros 27 obrigando-me à figura ridícula de estar ali especada de mangueira na mão (que imagem linda) a bufar. Cusca, decidi tirar a agulheta para visualizar o que de lá saía. Não só fodi um dos botins com um pingo de gasóleo, como comprovei que me estavam a engrupir pois aquilo eram gotas, senhoras, gotas de gasóil misturadas com ar.
Maneiras que na próxima semana estou lá batida outra vez na mesma bomba.
Adivinham para quê?
Exato.
nota: isto passou-se numa marca de gasolina mas tenho a certeza que todas as que adotaram a modalidade de roubo à descarada pré-pagamento façam a mesma coisa. É verificar da próxima vez que lá forem. Experimentem abastecer uma vez (se conseguirem!) sem pré pagamento e outra com pré pagamento e sintam a pujança da agulheta numa e noutra situação. Depois é só multiplicar isto por milhares de clientes por dia. Resultado?
É só fazer as contas!
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