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De vez em quando falamos de morte cá em casa.
Ou porque aparece uma notícia de alguém que ficou em estado vegetativo, ou porque alguém que conhecemos perdeu a batalha contra a doença, enfim,os motivos pelos quais o assunto vem à baila agora não interessam muito.
O que interessa é que todos cá em casa sabem (porque já o repeti muitas vezes incluindo ameaças de que se não fizerem o que quero venho cá puxar - lhes o pé durante a noite) que não quero ser enterrada. E porquê? Por vários motivos.
Em primeiro lugar, penso que ter alguém que nos é muito querido enterrado, é prolongar o sofrimento.
Em segundo lugar,porque a morte de alguém é um grande negócio para o qual não quero contribuir de forma prolongada.
Em terceiro lugar,porque é um "peso" que acabará por recair em alguém sob pena de que se assim não for,acabarei numa vala comum com outros desgraçados remetidos também ao esquecimento. Sou uma 'ssoa reinadia, sim senhora, mas a minha ideia de cumbíbio é outra.
Não quero cá nada disso!
Quero uma morte simples e rápida que é o mesmo que dizer, "podem pôr -me no churrasquinho , largar as cinzas ao vento e seguir com a vidinha da melhor forma que conseguirem porque eu faria o mesmo ".
É só isto.
Simples, pois é?
Podia ser... se não fosse um último desejo que me ocorreu agora mas que faz todo o sentido tendo em conta que se trata desta que vos escreve :
nota de rodapé : respeito quem pense de forma contrária à minha sobre esta questão. Em relação às pipocas, se nunca mais as comerem com o mesmo gosto, lamento.
[Tenho cá pra mim que se partilho esta ideia do milho com a senhora minha mãe ,sou bem capaz de levar uma galheta no focinho tão bem dada que calhando,'inda faleço mais depressa. Confesso que, apesar da ventania que se faz sentir, não me dava muito jeito falecer agora.Melhor guardar a cena do milho só para mim. Nada como o fator surpresa, ' né? ]
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