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Não sei se já repararam mas o tempo arrefeceu bastante de um dia para o outro. Eu não teria dado conta não fosse o chispe que parti há cinco anos dar sinal. As costas também se queixaram. Os joelhos, invejosos, também têm falado muito comigo, sobretudo pela manhã. E o cabelo que misteriosamente tem desaparecido da minha cabeça finalmente decidiu aparecer nos tapetes do carro.
Aos vinte anos não nos queixamos de nenhuma destas maleitas e estamo-nos bem cagando para as mudanças climatéricas repentinas. Então porque é que aos quarenta e sete isto passa a ser assunto? Porque no outro dia me dei conta que os cinquenta estão ali à espreita e não sei se estou preparada para envelhecer. A não ser que encare esse processo da perspetiva de uma ameixa, e aí sim, talvez a coisa se torne mais fácil...
- Uma ameixa?! Ó Pequeno caso sério, mas que caraitas tem o envelhecimento a ver com as ameixas?!?- perguntam vocês com esse ar de porteira de bata traçada, xnélo com meia da raquete e cabelo amarfanhado atrás como se tivesse levado uma bolada.
E eu respondo:
Tem tudo, minhas amigas, tem tudo:
Ah...estava a ir tão bem,pois estava? Lamento.
(mentira. não lamento nada)
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