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A gaja passou nos saldos descontos.
Sim . Leram bem. Passou.
Foi com o gajo e a gajinha trocar uma prenda de Natal que não servia ao gajo. Aproveitou e deu uma espreitadela em três ou quatro lojas .
A gaja acha que das duas uma : ou está a precisar de ir ao oftalmologista ou (no geral) o que está exposto nas lojas roça ali o javardolas.
A gaja fica sempre pasmada quando vê as pseudo - tias perderem a finesse por uma merda de uma blusa que tresanda a made in China. É vê - las a remexer os montes como se estivessem na feira de Carcavelos acompanhadas da frase "elas que arrumem! Estão cá é para isso!". Um Glamour que só visto!
Depois há a magia das filas.
Primeiro para o provador que invariavelmente retém um cheiro que oscila entre o texugo com vários dias de morto ou a meia que já anda sozinha. Isto na melhor das hipóteses pois há quem aproveite para largar no provador o seu próprio Channel nr 5 produzido ali na zona da fábrica de fazer cocó. É verdade. Há gente para tudo.
A seguir temos a fila para pagar. Gigante. Com vários metros de ' ssoas todas contentes porque conseguiram comprar aquele casaco mesmo, mesmo bom que , vai - se a ver, usa - se duas vezes e fica cheio de borboto. Mas não faz mal pois foi comprado por um bom preço . Por menos 1,99€.
A gaja gosta de ver as ' ssoas todas contentes a saírem triunfantes das lojas a exibirem os sacos, quais troféus, cheios de merdas que provavelmente nunca usarão.
Atão e a gaja, não vai aos saldos,queres ver?- perguntam vocês com esse ar de xoninhas.
Não. O caso não é esse. A gaja sofre , entre outras coisas, de uma condição rara : quando tem dinheiro nunca há saldos. Pior . A gaja gosta mesmo mas mesmo mesmo é daquelas coisas que nunca têm saldos. O problema é que a conta bancária da gaja não é compatível com esses gostos. Vai daí a gaja vê -se na obrigação de se resignar à sua condição de pobre e passar pelos saldos, observar a espécie humana no seu melhor e aproveitar para escrever (?) sobre o assunto na esperança de divertir quem a lê .
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