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Hora de almoço de domingo.
Marido chega a casa da missa.
Marido agarra a esposa em peso e começa a dançar com ela.
Esposa estranha a atitude e, ironizando, dispara :
- Hummm...vens animado tu! Não me digas que o tema da missa de hoje foi sobre como tratar bem as esposas...
Ao que o marido responde:
- Não filha. A missa de hoje foi sobre como carregar a nossa cruz com alegria!
Antunes era um fanático da limpeza dos carros.
O carro estava sempre irrepreensível tanto por fora como por dentro. Quer dizer, sempre, calma. Assim que sua esposa Arlete pegava no carro, era um instante até virar um chiqueiro.
Antunes passava-se.
Um dia, lixado com Arlete, arquitetou um plano para que ela percebesse de uma vez por todas, a dor que aquele comportamento negligente lhe causava.
E do que é que ele se lembrou?
Simples.
Com apenas leite, uma caçarola e o fogão lá de casa, conseguiu que a mensagem chegasse direitinha ao coração da sua Arlete :
Resultado?
Tudo uma questão de reeducação.
Não sei se é da idade, ou lá o que é, mas a verdade é que todos os dias me dói uma coisa diferente. A grande porra é que a dor do dia anterior não desaparece. Ao invés disso, a "nova" acumula com a que já existia o que faz com que a lista seja considerável. E o pior é que, ou muito me engano, ou daqui para a frente vai ser sempre a descer.
- Ai Pequeno caso sério, sempre com queixas, sempre com queixas! Que caguinchas, 'pá! Se te dói, põe um penso que isso passa! - receitam vocês armadas em médicas sem vinheta.
Olhem, sabem que mais?
Têm razão.
É um post pobrezinho? É. Mas foi o que se conseguiu arranjar hoje. Sabem porquê?
Doem-me as falanges.
E as falanginhas.
E as falangetas.
E ojólhos.
(aposto que já leram pior. E a pagar.)
- Ai Pequeno caso sério, tivémos tantas saudades tuas nestes dias! - dizem vocês lavadas em lágrimas com o ranho a escorrer ventas abaixo, quais fábricas de Covides.
Engraxadoras.
Vocês não sentiram a minha falta. O que vocês querem é maluqueira da boa e sabem perfeitamente onde a arranjar, suas viciadonas.
Adiante.
O tema de hoje tem que ver com a retoma da socialização em eventos mas da perspetiva de alguém mais baixo. Sim, a questão da altura pode tornar-se um entrave. Dificilmente conseguirão ver alguém de 1,50m a meter conversa com uma criatura de 1,90m. Ou vice-versa. Além de ser anatomicamente esquisito, funciona um bocadinho como os piolhos: não tem mal nenhum, mas ninguém quer.
Então como ultrapassar esse obstáculo? Simples. Criaram-se as "same height parties" que é o mesmo que dizer, festas-onde-toda-a-gente-tem-a-mesma-altura.
- Ó Pequeno caso sério, de todas as cenas que já inventaste essa é a mais parva de sempre! Isso lá é possível? Alguma vez há malucos em número suficiente para se preocupar com isso? - perguntam vocês com a cara toda suja de ranho seco.
Olhem que há.
Muitos.
E não são poucos.
Bastantes, 'né?
E é isto que me fascina no ser humano: a capacidade de ser infinitamente parvo.
Perante uma situação difícil há quem perca logo a esperança. Mas também há os que, por muito improvável que seja, acreditam piamente na resolução dos problemas através de um milagre.
Eu era cética, confesso.
Até ao dia em que me apresentaram provas irrefutáveis de que os milagres acontecem mesmo.
#atélhesaltamojólhinhos
-Ó mãããããããeeeee....
-O que é pá? Ainda agora chegaste da escola e já me estás a moer!
-Preciso levar uma garrafa de 1,5l de sumo para a escola!
-P'ra quê? Vai haver festa?
-Daaaaaahhhhh! Não mãe! A garrafa tem de ir vazia e lavada!
-Garrafa vazia? P'ra quê?!
-Era para ser surpresa mas como não te calas com as perguntas ficas a saber que é para fazer a prenda do dia da mãe em EV...
-Com uma garrafa? Algum vaso, não?
-Não, nada disso. Depois logo vês.
-Ok. Leva lá a garrafa.
O tempo passou e nas vésperas do dia da mãe o puto liga da escola:
-Tou mãe?
-Diz...a esta hora não deve ser coisa boa...
-Tens de me vir buscar à escola...
-'Tão? Saíste mais cedo?!
-Err...saí mas fui o único...
-Só tu?! MAU...
-É a stôra de EV mandou-me para a rua...
-PORQUÊ?! O QUE É QUE TU FIZESTE, CARLOS MIGUEL?!
-Fiz nada de mal mãe...a stôra mandou fazer um presente original com a garrafa de plástico e eu fiz o que ela mandou...
-É QUE DEVE TER SIDO MESMO ASSIM! DAQUI A DEZ MINUTOS ESTOU AÍ E JÁ FALAMOS, MEU MENINO!
E assim foi. Sete minutos depois, a mãe estava à porta da escola e o Carlos Miguel lá entrou no carro muito encolhido.
-COM QUE ENTÃO VIESTE PARA A RUA! SIM SENHOR! BONITO SERVIÇO!
-Ó mãe...não tive culpa! Só fiz o que a stôra mandou! E eu até acho que ficou bué giro! E bué original...mais ninguém se lembrou disto!
-MAS COMO É QUE ALGUÉM CONSEGUE VIR PARA A RUA A FAZER UM PRESENTE PARA O DIA DA MÃE, CARLOS MIGUEL?! UMA COISA SIMPLES, CARLOS MIGUEL! SÓ TINHAS QUE USAR A PORRA DA GARRAFA E A IMAGINAÇÃO, CARLOS MIGUEL! QUAL ERA A DIFICULDADE?! MOSTRA LÁ ISSO ANTES QUE LEVES UM 'BFATADÃO!
A prenda do dia da mãe :
A mãe do Carlos Miguel às voltas com o carro na tentativa de não se cagar a rir :
Já aqui assumi inúmeras vezes que sou um cagalhão seco no que concerne aos afetos. Não é coisa de que me orgulhe mas também não me envergonho. Faz parte da minha maneira de ser desde que me lembro.
A primeira vez que tomei consciência disso foi aos cinco anos. Comecei a perceber que o facto de limpar a cara imediatamente a seguir a ser beijada por alguém, incomodava muito a senhora minha mãe. Envergonhava-a pois eu não não era propriamente discreta. Fazia-o com a mão aberta e olhando fixamente a pessoa para lhe mostrar o meu desagrado. Depois, com o tempo, fui refinando a estratégia: encostava a face beijada ao ombro limpando assim o rasto deixado. Fosse de quem fosse. Até dos que me eram mais próximos e queridos. E confesso que ainda hoje mantenho o hábito.🙄
- Ai Pequeno caso sério, deves ter aí um recalcamento qualquer de infância...- alvitram vocês armadas em Freud sem divã.
Não 'migas.
Tive uma infância muito feliz, farta em tudo o que uma criança devia ter sempre: amor e família. Portanto, creio que a explicação não seja por aí.
-Ah e tal, não gostas, não gostas, mas na adolescência não foi assim!- alvitram outra vez enquanto levantam os dois sobrolhos convencidas de que é desta que me apanham.
Se estivermos a falar de linguadões até ao esófago, então não. Há quem aprecie um bom escalope e eu respeito, mas para mim, uma endoscopia faz-se de outra forma e de preferência a dormir. E os desgraçados que tentaram mudar isso tiveram vida muito curta por estas paragens. Sorte a deles, pois foi? Isso nunca saberemos.
Maneiras que, resumidamente, a cena dos afetos foi coisa que nunca me assistiu. E na verdade isso sempre incomodou (e incomoda!) muito mais os outros do que a mim.
Para os que se preocupam com isso, ou para quem possa privar com alguém que também padeça desta condição, nada temeis.
Nem sempre as pessoas verbalizam um "amo-te". Às vezes esse "amo-te" chega com outro som, como por exemplo, "Tem cuidado."; "Comeste?"; "Liga-me quando chegares"; "Fiz este prato porque sei que tu gostas"; "levei o dia contigo na ideia"; "estava desejosa de falar contigo". E por aí fora.
Em calhando, convinha descomplicar e deixar de "cobrar" o que não está na natureza da pessoa. Sugiro encarar esta coisa dos afetos como se fosse um leilão: cada um dá o que quer dar. Ou consegue, vá. E isso nunca porá em causa o que verdadeiramente sentimos. Apenas temos formas diferentes de o demonstrar. Seremos piores pessoas por isso? Não creio. Acreditem, já vi muita gaja melosa fazer e dizer coisas inacreditáveis.
Há imagens que valem por mil palavras e a que se segue ilustra muito bem o que vos tentei explicar :
E lembrem-se, o importante não é a quantidade do que se dá . O importante é ser dado sem esforço nenhum. Cabe ao destinatário aceitar e valorizar como se de uma estrela cadente se tratasse (pois sabem de antemão que só daí a algum tempo aparecerá outro) .
-Ó Pequeno caso sério, tu que gostas tanto da Pipoca, 'qué que tens a 'dzer sobre a estreia do Betclic Mano a Mano?- perguntam vocês com esse papo todo inchado de razão como se fossem um pombo de rua cheio de maleita nojólhos e com um coto em vez de pata.
Aláver.
Por muito que me custe, tenho admitir que hoje têm razão.
Vamos por partes.
Eu gosto do humor da Pipoca, principalmente quando se encontra no seu registo natural que, na minha opinião (que é só mesmo isso), se circunscreve ao finado blog, à página de Instagram e aos Podcasts. E fim. Estava ótimo assim. Mas não. Foi (ou atiraram-na?) para fora de pé e mais um bocadinho, afogava-se. Sou só eu que acho que este programa foi uma espécie de presente envenenado que a Tininha ofereceu à Pipoca para a enterrar calar depois desta a ter enfrentado em direto numa gala do Big Brother? Só não percebo é como é que a Pipoca, inteligente como é, alinhou nisto. Lá diz o velho ditado: "Quando a esmola é muita, o cego desconfia". E a Pipoca devia ter desconfiado.
Quanto ao Gilmário, meu Deus, que dizer de um homem que tem merecidamente Portugal rendido ao seu talento? P'ra quê isto Gilmário? P'ra quê?
E os jurados?...jazuzzzzzz.
Uma treinadora de Kickboxing e Muay Thay, um árbitro com ar de mitra e...o Tio Jel. Faz todo o sentido trazer dois jurados da área do desporto para alvitrar sobre competências humorísticas. E o Jel ? O Jel foi para não destoar.
E os concorrentes?
Berg (cantor)
Fanny Rodrigues (...)
Paulo Battista (alfaiate)
Francisco Menezes (o único relacionado com o humor)
Era despedir o diretor de casting.
E finalmente sobre o programa propriamente dito...
...era suposto haver humor, ao estilo Roast, onde figuras públicas mandariam umas bojardas que nos fariam rir.
Não sucedeu.
Passei o programa todo com o ar ali da Britney entre o espera-aí-que-agora-é-que-vai-ser e o ai-merda-que-isto-parece-uma-apresentação-de-um-trabalho-de-grupo-do-nono-ano-da-C+S-de- Freamunde.
Bem sei que só assistimos ao primeiro programa mas por mim , 'tá bom.
O que é que falhou?
Só para vos relembrar o quanto me devem estimar.
De nada.
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Faço anos em maio.
Hoje, ainda que mais tarde do que é habitual, a dona deste espaço não queria deixar de desejar uma
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