Pequeno caso sério

O prometido é devido e interrompi as minhas férias na ronha pista de ski só para alvitrar umas coisinhas.

Se ainda não deram conta, informo que o ano de 2021 acaba hoje à meia noite. Ide lá vestir as cuecas azuis, comer doze passas e partir uns pratos para se despedirem deste ano de merda. E aproveitando que estão em maré de festejos, rececebam também em festa o novo ano que tem tudo para continuar o mesmo registo.

- Ai Pequeno caso sério, que arauto da desgraça 'melher! Isso lá é vibe para começar o ano?- perguntam vocês com esse olhar reprovador de quem está muito otimista em relação ao que aí vem.

E eu respondo, não com suposições nem esperanças, mas sim, com factos. Por esta altura já deviam saber que não ando cá para vos dizer o que gostariam de ler mas sim, o que precisam. É uma tarefa merdosa? É. Mas alguém tinha de a fazer. Calhou-me a mim que tenho um talento inato para as entradas a pés juntos. 

Facto n°1:

Já fomos anteriormente brindados pela indústria cinematográfica com filmes premonitórios. Coincidência ou não, sai isto :

Se ainda não viram  aconselho, assim que alaparem o cu no sofá depois da meia noite. Parece-me uma ótima maneira de começar o ano.

Facto n°2

também não sei se já deram conta deste pequeno apontamento...

Não percebem inglês? Estudassem. 

Facto n° 3

As bélhas são sábias por natureza. Mas esta bélha talvez devesse ser levada a sério tendo em conta o seu historial certeiro. Ide ler. Ide e ficai com uma ideia do que nos espera. 

E pronto.

Agora que já vos contagiei com o meu bom humor e vos forneci informações preciosas que utilizarão como bem entenderem, vou só ali apanhar um cadelão enquanto rezo para a bélha não estar certa.

Se estou com medo?

Não.

Um bocadinho cagada, vá. Mas só um bocadinho. 

Se há apenas três anos nos dissessem que passaríamos os dois Natais seguintes afastados uns dos outros, provavelmente, acharíamos um exagero. 

O facto é que passado todo este tempo, vacinação em vários momentos e todos os cuidados possíveis e imaginários [ pausa para gargalhada nº1] , os números da Covid estão à vista de todos. Mais grave: a maioria das pessoas não só já se está cagando para o assunto, como olha com ar de gozo para quem sempre cumpriu passando-lhes automaticamente um atestado de chónice  "porque não podemos viver com medo para sempre". Para esses, imbuída de todo o esprito natalicio que há em mim, só me ocorrem duas coisas: mandá-los bardamerdamazé 💩 e obrigá-los a limpar o cu aos arco-iris que puseram nas janelas. 🌈

Adiante. 

Há alguns anos que deixei de dar a importância que este dia merece (?).

Não faço árvore de Natal;

Não há cá presépios*

Não enfeito a casa a preceito;

Não cozinho com gosto;

Não estou alegre como era suposto.

É-me demasiado penoso ver os lugares vazios na mesa. E cada ano que passa se torna mais difícil. Este é só mais um em que preferia hibernar e acordar só na primavera. Não sendo possível, há que aproveitar a única parte boa disto tudo: a gordulhufice que me infligo sem dó nem piedade, afinal de contas, o verão ainda vem longe, e até lá tenho tempo de atenuar os estragos [pausa para gargalhada nº 2]

Maneiras que é isto. Fico assim meio choricas e ainda mais imprópria para consumo. 

De qualquer forma não queria deixar passar a quadra completamente em branco e por isso descobri uma forma de, literalmente, dela tirar proveito * :

E é com esta bela sugestão gastronómica que deixo a todos quantos por aqui passam, votos de um Natal com juizinho pois não me dá jeito que faleçam senão fico sem leitores.

Aproveito para comunicar que estarei ausente do blog até janeiro mas eu se fosse vocês vinha cá espreitar dia 31. Como toda a 'ssoa importante, vou fingir que estou de férias num qualquer destino de inverno, quando na realidade só vou estar de pijama e meias com borbotos, espojada no sofá a dormir ver séries, a dormir ler, e a enfardar .

Eu avisei no título que era um post choricas. Queriam rir, compravam bilhetes para o circo 🤡. Ou fumavam erva.Ou compravam bilhetes para o stand up  da Bumba na fofinha que esgotou em menos de nada. 

Aproxima-se a data que assinala o nascimento do menino...mas será que já perderam tempo a pensar em como seria a cena nos tempos que correm?

Eu (e alguém muito habilidoso desta 'ternet ) já :

Todo o cuidado é pouco com o tipo que tem o maior número de seguidores do mundo (mais que o Ronaldo e às Kardashians todos juntos. inchem).

E que veio pra salvar tudo e todos. 

E que só espalhou o bem.

E que fez de nós todos melhores pessoas. 

          'Tão não?!

-"Ai, ai, Pequeno caso sério, a gozar com o Senhor ...não tens medo que Ele se zangue e te castigue?! - perguntam vocês com esse ar de beatas mal esgalhadas cujo hábito foi comprado no Continente no último Carnaval. 

Não 'migas, não tenho.

Há muito que o criador entregou a minha ficha a outro departamento :

Pequeno caso sério. Prazer, tio Lú.

Esta semana a temática do blog é o Natal, essa época que A-D-O-R-O! 🙄 

E nada pode ser mais natalício que...? Exato. Os míticos Ferrero Rocher. 🤢

Não sei se sabiam mas por estes dias deu-se "O" acontecimento do século: uma espécie de concurso para escolher os substitutos do Ambrósio e da Senhora .

Não sabiam, pois não? Pois. O costume. Nunca sabem nada.

Mas foi. O velho e a Senhora que nunca envelhecia e cujo vestido amarelo já devia cheirar a pachachum , já foram para o Lar. Ou isso, ou com a guita que pouparam em roupa estes anos todos, foram fazer um cruzeiro sem data de regresso.

Segundo a marca, os portugueses já escolheram...

Aláver ,

o Ambrósio não está nada mal para motorista mas a Senhora é muito nova. Sou só eu que consigo imaginar estes dois a brincar aos pais e às mães? Não sou, pois não? Taradas, 'pá.

Mais.

'Tão e não podiam ter trocado a cor do vestido à senhora? Amarelo canário outra vez?! 🤮

E o diálogo? Será que mudaram o célebre 

-"Ambrósio, apetecia-me algo...o que eu queria era algo...doce!

-Tomei a liberdade de pensar nisso, Senhora!

-Oh! Bravo Ambrósio!"

É que com o bélho bigodaças e a múmia do chapéu amarelo, a coisa colou. Agora, com estes dois? 

Ontem baixou em mim uma coisa esquisita.

Parei para pensar e cheguei à conclusão que se calhar não tenho sido assim tão boa pessoa...

Que não me tenho dado a conhecer o suficiente;

Que não tenho sido suficientemente tolerante;

Que não tenho sido tão simpática como devia ;

Que páro poucas vezes para escutar;

Que me escondo demasiadas vezes;

    Resolvi mudar isso. 

Deixei-me contagiar pelo espírito natalício e fiz umas bolachas para oferecer aos meus vizinhos :

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Aposto que já estavam de lenço a assoar o ranho, pois estavam?

Seis anos.

Seis anos de blog e ainda não me conhecem. La-men-tá-vel.

Aproxima-se a todo o gás essa época maravilhosa (🤮) que é o Natal. 

E o que é que vai suceder durante esta semana? Exato. As filas dos supermercados e afins vão agigantar-se sem restrições pois toda a gente sabe que o Covides é bicho que detesta amontoados de gente.

E uma das coisas mais intrigantes nesta lufa-lufa gastronómica é a corrida ao Bolo Rei. Nunca consegui entender como é que há gente que se levanta cedo para ir tirar uma senha para o Bolo Rei. Muito menos com frio e chuva como é o esperado esta semana. Juro que não entendo...Acho que não justifica até porque o Bolo Rei não é assim isso tudo. Faz uma mesa bonita mas é rara a casa onde o desgraçado é comido até ao fim. 

Assim sendo, e se o objetivo é ter um bolo diferente e que componha a mesa de Natal, então tenho uma sugestão melhor. 

Descobri um pasteleiro que antes era mecânico  que faz bolos personalizados, diferentes, e que alegram qualquer mesa de Natal. Quiçá não será esta  uma bonita forma de homenagear aquele tio que se finou... 

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Pequeno caso sério a ser fuzilada em

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(Que bonita imagem para se associar ao Natal, pois é? É pois. Ao menos assim ficam já a saber qual será o mood durante o resto da semana).

Já aqui disse que detesto que me enviem correntes ...  

...e que deste blog não passa nem uma!

Se também não gostas, envia este post a 20 amigos. 

No outro dia esbarrei no instacoise  com algo que me fez pensar como é que aquilo nunca me tinha ocorrido antes. Atentai:

Muitas das profissões humanas são especializações da coscuvilhice :

 

História: coscuvilhice do passado

Sociologia: as estruturas da coscuvilhice

Psicologia: ter acesso à coscuvilhice privada da cabeça das 'ssoas

Jornalismo: refinamento da coscuvilhice diária

 

Conclusão nº1: A coscuvilhice é o que faz a sociedade andar.

Conclusão nº2: Nunca pensei morar num sítio com tanta gente especializada. 

Alzira bebeu uns canecos ao jantar e sob o efeito da pinga decidiu enviar uma nude ao seu Manel que estava a trabalhar no estrangeiro.

Deitou-se na cama, despiu as cuecas, fotografou e mandou para o marido.

Como a carroça era grande, acabou por se deixar dormir sem ver a resposta do marido.

No dia seguinte, com uma ressaca monumental

agarrou no telefone para ver a resposta do marido.

A única coisa que tinha era uns " " que a deixaram furiosa perante a iniciativa que tivera. 

Resolveu contra atacar e disparou:

- Olha lá ó parvalhão, então mando-te uma nude toda sexy com as cuecas em baixo e tu mandas-me uns smiles?!?! Não tinhas nada melhor para me dizer?! 

Ao que o marido respondeu:

- O vinho devia ser bom ! Agradeço a iniciativa mas de sexy o nosso gato não tem nada. Vai lá ver bem a foto que me mandaste. 

Celeste estava cabisbaixa e Augusto estranhou pois esse não era o registo habitual da mulher. Intrigado perguntou:

- Ó Celeste, 'qué que tens 'melher?

Ao que Celeste deu a típica resposta de gaja que deixa todo o homem em alerta :

- Tenho nada!

Augusto começou a ver a vidinha mal parada e fez um rewind na sua cabeça para ver ONDE tinha feito merda pois os monossílabos dados pela mulher, o bater de portas dos armários, os passos fortes e apressados dentro de casa eram indicadores mais do que suficientes de que alguma teria feito.

Mas nada.

O pobre bem se esforçou mas não conseguiu perceber onde tinha errado. Maneiras que, por via das dúvidas, decidiu levar a mulher a passear. Ela não queria mas ele tanto insistiu que lá a convenceu com a promessa de que a levaria a um sítio novo : um parque de diversões para adultos. 

E a Celeste?

A-D-O-R-O-U! 

O difícil agora é conseguir tirá-la do escorrega.