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Ou muito me engano ou a grande maioria das pessoas que me lê deve achar que não jogo com o baralho todo. Que passo o dia a engendrar merdas para fazer rir os outros. Que dedico demasiado tempo a coisas que não lembram ao Lúcifer himself. Pois fiquem a saber que a parvoeira é como a sorte: dá muito trabalho.
Mas, apesar de ser obrigada a concordar convosco, todos os dias me consigo surpreender com as merdas que leio por aí, quer ao nível da estupidez, quer ao nível da parvoíce. E não posso negar que me dá um quentinho no coração quando ambas as duas se conjugam :
É otimo saber que não estamos sós.
Chegou-me por estes dias uma ideia que me pareceu genial sobretudo se tivermos em conta os tempos loucos que vivemos e em que cada vez menos interagimos (presencialmente) uns com os outros.
Trata-se do conceito Biblioteca Humana onde, em vez de livros, podemos "requisitar" pessoas.
-Ó Pequeno caso sério, requisitar pessoas já se faz há muito ano...mas não numa biblioteca ! - opinam vocês com o lado badalhoco que mora em vós a fervilhar.
Calma.
Não é na verdadeira aceção da palavra, valha-me Deus.
Funciona tudo como se de uma biblioteca convencional se tratasse mas, ao invés de livros, temos pessoas que se voluntariam para partilhar a "sua história" connosco. Podem estar relacionadas com variadíssimos temas, normalmente daqueles mais pesados e por isso mesmo menos escolhidos se na realidade estivéssemos a requisitar um livro. Pretende-se assim desmistificar alguns tabus e preconceitos e mostrar que não devemos (MESMO!) julgar um livro pela capa.
Cada voluntário tem um colete que identifica o assunto sobre o qual nos vai falar : "Desempregado"; "Bi-polar"; "Refugiado" são apenas alguns exemplos. Durante 30 minutos ficamos a conhecer mais sobre um determinado assunto e, quem sabe, acabar com estigmas que (ainda) temos.
O conceito começou na Dinamarca no ano 2000 mas a coisa correu tão bem que já se espalhou por muitos países à volta do mundo .
Podem saber mais aqui.
Maria e Manel viviam em Beja.
Maria, para além das tarefas domésticas trabalhava no campo.
Manel trabalhava no campo e era frequentador assíduo da taberna.
Um dia, farta de esperar que Manel chegasse para jantar, e já a pensar que mentira iria ele contar, decide ligar-lhe:
-'Tou? Maneli?
-hic...Sim Maria...hic...
-'Tão porra? 'Tou farta de esperar por ti caraças! Nã vens jantari?!
-hic....Vou...mas agora nã posso...hic....
-Nã podis?! 'Tão nã podis porquei ?!
-hic....'porque 'tou preso num engarrafamento... hic...
-Tu 'tás o quêin homem?!
-...hic ...preso num engarrafamento mulheri....hic...
-Ó Maneli , 'agente moramos nos confins de Beja homem! Podes lá 'tar preso num engarrafamento!
-hic...hic...juro pela alminha do mê falecido pai que 'tou preso num engarrafamento!
Maria, danada, desligou o telefone .
Mas desta vez o Manel estava mesmo a dizer a verdade:
Dado que passo algum tempo no trono e grande parte das ideias que tenho sucedem enquanto lá estou, talvez assim se explique o meu fascinio por este compartimento. Assim sendo, e depois de horas de aprofundada investigação, deixo aqui o TOP 5 de Wc's que nem mesmo eu me lembraria :
Nº 5
Caro estudante, precisas de alugar um quarto com casa de banho incluída sem que os teus pais não precisem de vender um rim? Não procures mais que Pequeno caso sério apresenta duas maravilhosas opções :
Nº 4
Cara mulher do sec. XXI, se é muito ocupada e não tem tempo a perder, rentabilize as idas à casa de banho com o WC dois em um. Você caga. Você aciona o chuveiro por controlo remoto. Você, sem sair da sanita, tomará um belo duche...ou então lavará apenas a patareca e o orifício de onde saiu o número dois. Você decide :
Nº 3
Caro pai de família, que tem a mania que é jeitoso de mãos e sabe fazer quase tudo no domínio da bricolage/DIY, acredite, é sempre melhor deixar nas mãos de quem sabe do ofício :
Nº 2 :
Caro leitor apressadinho, que aproveita a hora do duche para também lavar os dentes, saiba que com esta ideia poderá despachar ainda a tarefa de fazer a barba... com a certeza de que, mais dia menos dia, deixará viúva a sua cara metade :
Nº 1:
Cara leitora egoísta, se é daquelas que acha que não cheira assim tão mal e que é exagero de quem consigo partilha o WC, esta proposta foi pensada especialmente para si:
Prémio carreira :
para "O" decorador de casas de banho que conseguiu que, nestas duas, ninguém ficasse durante muito tempo:
Agora que o verão já acabou, partilho convosco uma pergunta que m'apoquenta há anos :
COMO É QUE UM NUDISTA LIMPA OS ÓCULOS ?
Não. Não é desse chulé que vamos falar hoje.
Se tal como eu são vítimas do trauma geracional que era receber meias pelo Natal/aniversário, fiquem a saber que têm forma de não perpetuar esse erro por mais nenhuma geração. Como? Oferecendo meias, sim senhor, MAS giras, de qualidade e feitas em Portugal.
Comecemos pelo nome da marca :
Chulé.
Curto.Óbvio. Orelhudo. Resta saber como é que ninguém ainda não se tinha lembrado disto.
Conceito: não sendo inovador (meias giras) tem uma colecção muito original pois os padrões são alusivos ao que temos de tão nosso. Em vez do tradicional íman do galo de Barcelos, os turistas têm aqui uma alternativa muito válida:
Já os nacionais, ficam com ideias muito originais para um presente de aniversário (ou Natal !) :
Preço: não sendo o valor de um pack de 153 meias da Primark, acredito que justificam o que custam tendo em conta os materiais usados:
Podem e devem bisbilhotar todas as coleçoes aqui
Aos criadores da marca,
Tenho 1,50 desde os 12 anos. Sempre vivi muito bem com isso e nunca me trouxe nenhuma desvantagem, muito pelo contrário.
Aos 48 anos era de esperar que todos os que me rodeiam já tivessem aceitado isso, certo?Errado.
Continuo a ter gente que que me recorda esse facto muitas vezes, como se fosse uma coisa que eu pudesse (ou quisesse!) mudar usando umas piadas tão secas como uma poia de cão vadio.
A maior parte das vezes já nem me despertam qualquer reação mas, por estes dias, recebi via whatsapp uma piadola que mereceu a minha atenção pela originalidade :
" SE TENS MENOS DE 1,60 NÃO ÉS UM PRESENTE DE DEUS. ÉS UMA LEMBRANCINHA."
A D.Aurora vivia num Lar há já alguns anos.
Velhota ativa e bem disposta, percebeu que tinha atingido a idade em que podia dizer e fazer o que quisesse que ninguém lhe levaria a mal, usava e abusava esse direito pregando partidas a toda a gente.
Participava em todas as atividades sugeridas pela gerência do lar, e ainda ocupava o restante tempo livre na sua atividade preferida : o tricô. Levava horas naquilo e tudo o que fazia era para oferecer aos outros.
Tudo corria normalmente até que um dia a neta recebe uma chamada do Lar :
- Dona Vanessa?
- Sim a própria.
- Daqui fala do Lar da sua avó.
- Ai meu Deus...está tudo bem com ela?!?
- Sim, continua igual a ela própria...
- Ufa! Ainda bem! Que susto!
-Estou a ligar porque estamos um nadinha preocupados com ela...tem passado horas fechada no quarto a tricotar...
-Eu sei! Ela adora! Ainda a semana passada me deu umas botinhas para os dias mais frios
- Creio que a Vanessa não está a perceber...ela tem passado ainda mais tempo do que o usual de volta das agulhas e das lãs...e quando lhe perguntamos o que está a fazer corre connosco e tranca-se no quarto!
- Ah!Ah! Ah! Ah! Então é isso? Não se preocupem! Ela está embrenhada num projeto "especial"! Mas descansem que muito em breve verão do que se trata!
Os dias passaram e a D.Aurora lá continuou com o projeto mistério. Um dia, deram pela sua falta ao pequeno almoço e correram aflitos ao seu quarto pensando o pior pois a D.Aurora era sempre a primeira a chegar.
E quando lá chegaram esbaforidos de tanto correr, deram com a D. Aurora nestes preparos enquanto gritava :
-PROJETO CONCLUÍDO!
Zé Júlio fugia do médico como o Diabo foge da cruz. Como a mulher não se calava com a história de ser preciso fazer uma consulta anual, Zé Júlio lá foi só para não a ouvir.
Quando chegou ao consultório, o médico fez-lhe uma série de perguntas sobre os hábitos alimentares às quais Zé Júlio aldrabou o mais que pôde (como se o resultado das análises não lhe descobrisse a careca depois).
Chegaram então à questão sacramental : sedentarismo.
Zé Júlio continuou a mentir ao médico dizendo que era uma pessoa ativa, que adorava caminhar e que inclusivamente, todos os anos fazia a pé o equivalente ao Caminho de Santiago. E não é que, desta vez, Zé Júlio disse a verdade ?
#somostodoszéjúlio
Piolhos (e suas primas lândeas).
Essas criaturas do demóine que povoam a cabeça da pequenada e mais tarde acabam por morar nas cabeças de toda a família.
É frequente ver nas farmácias pais desesperados em busca de um shampoo milagroso que elimine a bicheza das cabeças. E olhem que se a coisa se der mais do que uma vez, a brincadeira sai cara.
A última vez que padeci da condição de piolhosa não foi há muitos anos. Começou com uma comichão ocasional que rapidamente passou a desesperante.
Entrei em negação : que não podia ser pois tinha o cabelo com madeixas, que como tinha pouco cabelo os piolhos não gostariam de cá morar, enfim, preferi negar até onde pude. Mas a comichão continuava.
Ao segundo dia, como observava ao espelho e não via nada, pensei pedir ajuda à minha mãe. Problema? A senhora minha mãe vê tão bem como o Mr. Magoo...
Diagnóstico (dela) : caspa.
Confiei desconfiando e comprei um shampoo exterminador da piolhama que apliquei assim que cheguei a casa.
Meus caros e minhas caras, esta que vos escreve, para além de ficar com o couro cabeludo todo fodido e de ter perdido metade do pouco cabelo que já tinha à conta daquele pente do demo, descobriu que tinha a cabeça coroada não com um, nem com dois mas sim com sete, repito, sete, piolhos, quase impercetíveis de tão claros que eram. E o que é que fiz com os bichos? Guardei-os em fita cola e mostrei à minha mãe a "caspa"🙄🤦♀️.
Só depois dos estragos feitos pelo shampoo e pelo pente do demo é que descobri uma maneira infalível e totalmente natural para matar a piolhage :
NÃO LAVAR O CABELO ATÉ FICAR MUITO OLEOSO. MESMO MUUUUITO OLEOSO.
Só isto. Simples assim.
E como é que isso contribui para o extermínio da piolhama?
ÓBVIO. OS PIOLHOS FALECEM COM O COLESTEROL ALTO.
E não.
Não escolhi o dia de hoje ao acaso para falar deste tema. É que este é o dia limite para a pequenada voltar ao sítio onde passa a maior parte do tempo :
Para os pais caguinchas, coragem.
Para os outros, aproveitem o sossego.
Para os miúdos, que seja um regresso feliz . De preferência, sem piolhos.
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