Pequeno caso sério

Pequeno caso sério ainda é do tempo do escudo.

Lembra - se bem de receber uma notinha de vinte escudos da avó materna e ficar toda contente.

Se lhe dessem uma azul com o Bocage, melhor ainda.

Se pingasse uma com a rainha...era um euromilhões.

Pequeno caso sério cresceu (?) e tudo mudou.

Apareceu o euro ( que curiosamente é chamado de "erói ", "erão", "éró" e "aério") e tudo mudou.

Pequeno caso sério passa a vida a fazer contas para não resvalar o orçamento mensal e para conseguir pôr de lado muito de vez em quando, umas migalhas para uma eventualidade. 

Pequeno caso sério pergunta - se como é que uma puta de uma alface que custava vinte escudos passou a custar duzentos. Isto só para dar um exemplo. Porque sim, Pequeno caso sério durante muito tempo multiplicou tudo por 200.482 para perceber o tamanho do barrete que levava. 

Até que recentemente Pequeno caso sério finalmente percebeu porque é que o euro jamais podia trazer algo de bom : 

O tema que trago hoje a lume tem a ver com os nomes que algumas 'ssoas dão aos órgãos sexuais masculinos e femininos. 

Em primeiro lugar, quero dizer que percebo que se dê outro nome que não os originais pénis e vagina.

Ora vejamos: mandar alguém para o pénis não tem o mesmo peso que tem mandar a mesma pessoa para o caralho. Da mesma forma que ordenar a alguém que regresse à vagina de sua mãe,  nunca terá o mesmo efeito que o mandar para a cona da mãe.Certo? Certo. Então, esclarecidos que estamos, avancemos. 

A lista de nomes pode ser vasta e , se em alguns casos percebo a lógica, noutros,não. 

Comecemos pelo órgão sexual masculino : 

- Zézinho (ou outro diminutivo qualquer )

- Mangalho

- Cobra zarolha 

- Palhaço 

- Snaita

- Pirete

- Caralho, caralhinho ou caralhete

... (sintam - se à vontade para acrescentar )

Passemos agora ao órgão sexual feminino:

- Xoxa

- Patareca

- Snisga 

- Xaroca

- Cona, coninha ou conaça

-... ( acrescentem e surpreendam-me)

Até aqui, tudo bem. Nada de surpreendentemente novo.

MAS - e é aqui que se reside o busílis da questão - há um nome que por mais voltas que desse não conseguia perceber a relação : 

                   FRANGA.

Até que na sexta-feira passada fui ao talho.

E lá estava, mesmo diante dos meus olhos, a explicação para esta analogia :

E agora que já perderam mais dois minutos do vosso precioso tempo, podem voltar às tarefas habituais, tipo, trabalhar.

E se da próxima vez que comerem frango, derem convosco a olhar para o repasto com outros olhos, lamento, mas Freud não explica tudo. Há mesmo 'ssoas sem a "roupa toda na mala". Coitadas.

Toda a gente sabe que roer as unhas faz muito mal à saúde .

Para além de ser pouco estético é também uma badaloquice do pior  muito mau para várias partes do corpo incluindo os dentes. 

Ora, Jessica Sofia, manicure de profissão e especializada na nail art, descobriu uma forma de desencorajar as suas clientes a acabar com este vício horroroso. Como?  Simples: 

Não sei se repararam no pormenor da cárie. Uma artista esta rapariga.

Mais. 

Jéssica Sofia inventou também um novo conceito que acredito vá bombar : as pachacha nails.

E o que são as pachacha nails?- perguntam as leitoras deste espaço dedicado à instrução ao mais alto nível. Eu até explicava mas o trabalho da Jessica Sofia é tão realista que, melhor do que descrever, é mesmo mostrar :

Quero ver se, com isto, ainda há moças tentadas a levar as unhas à boca.

Miúdo aprende o sistema reprodutor na escola.

Irritado por perceber que a mãe o tinha enrolado durante anos,quando chega a casa decide testar a mãe :

- Ó mãããããeeeeeeee.........

- Sim filho?

- Foi uma cegonha que me trouxe, não foi?

- Foi filho.

- E a ti? Também foi uma cegonha que te trouxe?

- Hum...hum...

- E a avó?  

- A avó também veio na cegonha.

- Então se eu vim na cegonha...tu vieste na cegonha...e a avó veio na cegonha...isso quer dizer que há três gerações que não se fode nesta família! 

...o que é que tens a dizer sobre a visita do Trump à Belinha?

- Olhem 'migas, tenho a dizer que o homem além de louco é um invejoso do pior! E também é um bocado alarve a comer...Acho de muito mau tom levar marmita para o palácio da Belinha! A velha pode ter muitos defeitos mas é avó e toda a gente sabe que com as avós ninguém passa fome. 

- 'Tão porque é que dizes isso, Pequeno caso sério?

- Porque foi a própria que me contou! Mandou - me uma mensagem para o whatsup onde dizia : "vê lá se achas algum jeito a isto... " 

- Ó Antunes, queres leite?

- Não. 

- 'Tão queres o quê para o pequeno almoço? 

- Já não sabes que não bebo leite?

- Não bebes leite?! Desde quando?!

- Desde há muito tempo. Só bebo leite se vier diretamente do produtor.

- Muito fino...mas olha, não seja por isso...

- 'Tão? Não me digas que tens aí alguma vaca escondida na varanda, não? 

- Não. Mas resolvo já o teu problema. É leite diretamente da "fonte" que queres não é? 'Tão toma lá :

Aqui há uns tempos saiu legislação que punia alguns infratores. A saber:

- cuspir no chão;

- deixar as poias dos Lulus na via pública;

- atirar beatas pela janela do carro. 

Deu - me vontade de rir.

Não porque discorde das medidas, mas porque já imagino o tipo de inspetores que se criariam à pala deste tipo de situações:

- inspetor escarreta 

- inspetor cocó 

- inspetor fumaça

Continuo a ver muito cuspo; beatas e cagalhotos espalhados por aí. E porquê? Porque não há inspeção. Mas eu sei da única maneira de fazer tremer os prevaricadores com o castigo mais temível de todos : a exposição na 'ternet. 

Ora se eu pensei nisso, houve uma alma mais criativa que concretizou a coisa inventando sinalética e tudo. Ora atentai neste belo exemplo : 

Os gajos sabem que não podem mijar na rua mas basta percorrer as ruas mais escondidas para perceber que há muita cobra zarolha fora das braguilhas portuguesas. Mas esses dias acabaram: 

E se mesmo assim a pilota insistir em sair das calças :

Remédio santo! 

Antes de haver o termo paneleiro car sharing , já eu partilhava carro com amigas com quem trabalho. Primeiro só com uma e atualmente, com mais duas. Ganha o ambiente e a nossa carteira. Mas não pensem que é só ao nível do gasóleo. Não senhor.

A poupança estende - se também ao nível da saúde dado que as viagens de ida e vinda, servem de terapia.

Também partilhamos carro durante a hora de almoço. Na verdade, o trajeto para o almoço dura dois ou três minutos mas nós, adeptas da lontrice, vamos de carro.

Umas vezes porque está calor.

Outras porque está frio.

Outras porque está vento.

Outras porque chove.

Tudo serve de desculpa para ir de carro e é isso me que traz aqui hoje.

Durante essas viagens, toda a gente testemunha o quão obcecada sou pelo cheirinho que tenho no carro.

Já usei de tudo : desde os pinheirinhos de cheiro, passando pelos potes de barro capazes de partir o vidro pára brisas, até às coisas que se pespegam nas saídas de ar . Nada dura muito.

E foi à conta desta noia que uma das minhas amigas me mandou esta foto acompanhada da seguinte legenda :

" Amiga, finalmente descobri o cheirinho ideal para o teu carro. Diz lá se não é a tua cara ? " 

E não é que acertou?