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Há quem tenha nojo de caracóis.
Eu sou grande apreciadora desta iguaria.
Não é ao nível do pires nem tão pouco ao nível da travessa. Sou apreciadora ao nível de comer até ficar com a pele dos dedos toda encarquilhada. Até não sobrar um desgraçado na panela. Até pensarem que a saca que estou a comprar é para uma família quando na realidade é só para uma dois.
E mais o pão.
E mais a jola.
E se Portugal jogar e estiver calor, estou no céu.
Posto isto, expliquem -me lá o que digo ao criativo que inventou isto:
Pois.
Gosto de formigas.
Admiro a sua capacidade de trabalho, a sua persistência, o seu sentido de orientação, a sua força e a sua visão de futuro .
Sou incapaz de pisar um formigueiro e de ficar um bom bocado a observá - las. Tomara muita gente ter metade da capacidade de trabalho das formigas e os nossos locais de trabalho seriam sítios bem melhores, pois era? Era sim senhor.
Também gosto muito de rir. Tudo me serve para fazer pagode e faço-o sem esforço. É -me tão natural como respirar. E tal como as formigas têm aquela capacidade de trabalho tão característica, também eu tenho a parvoeira.
E o que é que uma coisa tem a ver com outra? E de que forma é que o título deste post se encaixa nisto tudo?
Fácil.
De há uns dias a esta parte ocorreu um fenómeno estranho aqui por casa:
A adolescente que cá vive parece-se fisícamente com a minha filha mas não é ela:
-Fala em monossílabos (hã?; Não!;Humf!) sempre proferidos num semblante carregado;
-Engole a comida e volta ao casulo ;
-Desenvolveu uma ligação afetiva com a secretária do quarto e com a pilha de livros e papéis que lá moram;
-Tem no telemóvel os únicos momentos de lazer em que , de auriculares enfiados nas orelhas, lá deixa escapar um sorriso. Para o ecrã, entenda - se.
Ora este rapto tem um motivo que se traduz numa palavra: exames.
Creio que muitos dos jovens deste país estarão a passar pelo mesmo processo de metamorfose.
Compreendo que a pressão seja imensa e que o sentido de injustiça os assole pois o seu futuro resume - se e determina-se em meia dúzia de horas de exames. Aqueles exames definirão (ou não) o seu percurso de vida profissional. São as regras do jogo. Serão justas? Não creio.
Acontece que com os ermitas que temos em casa, uma 'ssoa também se modifica. Como? Simples. Acho que nestes últimos dias já engordei derivado aos sapos que tenho engolido. Tudo em nome da estabilidade emocional da moça que precisa de estar focada única e exclusivamente no estudo.
Deixem.
Deixem só isto acabar e vão ver...
A todos os pais que se encontram nesta situação, coragem. Está quase a acabar.
A todos os adolescentes que vão a jogo, calma. A vida é muito mais que isto.
E a ti, minha menina, que de vez em quando vens aqui cuscar, vê lá se "voltas". Depressa.Tenho saudades tuas. Quase tantas como o orgulho que tenho em ti.
Toda a gente já ouviu a história do capuchinho vermelho, certo? Eu também. Já ouvi e também já contei...mas confesso que sempre me fez espécie o fim da história. Achei que aquilo estava muito mal contado. Senão vejamos :
O capuchinho era uma gaja, certo?
Certo.
As gajas são vingativas , certo?
Certo.
'Tão e vocês acham que ela ia deixar que o caçador ficasse com ou louros todos e que o lobo tivesse uma morte rápida?
Claro que não!
Gaja que é gaja, vingava -se e fazia o lobo penar as passas do Algarve.
Nunca ninguém me deu crédito. Mas, a partir de hoje, vão dar :
nota de rodapé : antes que apareça por aqui alguma indignada a moer-me o juízo porque estou a gozar com as gordas, recomendo que não percam o vosso tempo a insultar -me porque Eu faço isso melhor que ninguém. Todos os dias. Se lessem o blog com atenção sabiam do que falo.
Não lêem?
Pois isso é que não me parece nada bem.
Vejam lá isso.
Gordas.
- Pursoraaaaaa ...
- Sim?
- Hoje caiu - me um dente!
- Ai foi ?
- Foi! E sabes o que fiz ?
- Calculo ...
- "Pusio" debaixo da almofada para a fadinha dos dentes me deixar um presente!
- E ela? Deixou?
- Ainda não...acho que deve ter ido comprar hoje...já viste só aqui na sala os meninos que ela tem para dar presentes?
- Sim, tens razão...é capaz de andar atarefada.
- Acho que ela é um bocado parecida com o Pai Natal...
- Como assim?
- Então, nunca ninguém viu !
- Pois...tens razão.
- Como é que ela será ?
- Como é que a imaginas?
- Mais ou menos assim:
-Ah...boa .
- E tu? Também a imaginas como eu?
- Nem por isso...
Toda a vida ouvi falar mal das pastilhas elásticas :
Que fazem mal aos dentes;
Que fazem mal ao estômago;
Que é muito perigoso engoli -las!
Até entendo as duas primeiras advertências mas a última sempre me fez alguma confusão.
'Tão não se podem engolir porquê? Qual é o perigo? Tudo o que entra, sai , por isso não percebo a preocupação...a não ser que...
Ah, já percebi!
Quando eu acho que apanhei o elevador da maluqueira e cheguei ao ultimo andar, eis que aparece uma alminha que me mostra que é sempre possível subir mais um bocadinho. Nem que seja a pé.
Uma amiga mandou isto para o nosso grupo de Whatsapp:
Fiquei num desassossego e várias coisas me passaram pela cabeça.
A saber :
1- se uma 'ssoa se peida, quer é que os outros não notem, certo? Certo. Então porque raio havia de querer uns pensos que dão aos peidos e suas comadres bufas, cheiro a hortelã? Isso é quase a mesma coisa que pôr nas cuecas um apito da polícia que toca autonomamente cada vez que um peidote consegue sair." PRIIIIIIIIIIIIIIIIIIII! Olhem amigos, olhem só para mim que acabei de sair deste cu e quero conhecer o mundo!"
2- E porquê cheiro a hortelã? Se é para inovar, então porque não com cheiro a coentros? Ou a caril? Eia ...a caril é que era! Ninguém fica indiferente a um peido de caril.
3- Quem é que põe uma criança a cheirar um cu e ainda por cima, com um ar satisfeito? Parece que já estou a ver "Ó Jéééssica, anda cá cheirar o cu à mãe !" "Ai mãezinha que aroma tão agradável a hortelã! '' Xa cá cheirar mais de perto...hummmm ! Tão bom! Depois disto já vou bem mais feliz para a escola mãezinha !"
4- Como é a distribuição?Embalagens com vários, ou avulso?
5- Preço acessível a todas as bolsas ou só acessível às bolsas mais avultadas que aliás, nem sequer se peidam?
5- Fiquei um bocado aborrecida por só ter tido conhecimento disto agora. Fiz anos em maio e teria apreciado um presente destes...
E só para que conste, era moça para usar um penso destes enquanto escrevo este post. Uma pena que a 'ternet ainda não tenha cheiro, pois é? Também acho.
Há muito tempo defendi aqui e aqui a minha posição acerca dos robôs de cozinha.
Hoje, passados três anos, continua igual e descobri mais uma boa razão para não gastar dinheiro nessas maquinetas do demóine . Sim. Leram muito bem : do demóine.
'Tão não é que há robôs de cozinha que têm incorporados microfones que, desde que o aparelho esteja ligado, registam tudo o que uma 'ssoa diz ?! Ah pois é! [versão 2.0 das vizinhas cuscas do primeiro esquerdo] .
Sei se sois testemunhas da minha criatividade mas desta vez à coisa é mesmo verdade. Podeis ler tudinho que o jornal Sol explica.
Ora sucede que quando descobriram a careca aos fabricantes, os mesmos alegaram que o microfone tinha como objetivo ser usado mais tarde numa funcionalidade de comando por voz. 'Tá bem abelha!
A mim cheira - me que alguém já se deve ter divertido muito com as coisas que ouviu.
Falo por mim e pelo meu conhecido jeito e gosto para a cozinha. Se aqui no blog, calma e serena da vida, é um chorrilho de palavrões, imaginem o que é fazer um bolo que parece uma pizza. Ou um arroz de marisco que parece uma papa de camarão com mexilhões e delícias do mar. Ou uma sopinha que parece cimento. Ou uma mousse que parece leite com chocolate.
Imaginem só o que é que os senhores do LIDL não podiam "aprender" comigo...
(shiu! Não contem a ninguém mas faço mesmo as figuras da segunda imagem)
Quase toda a gente já sentiu (nem que tenha sido uma vez na vida) aquela sensação boa a que alguém decidiu chamar de "borboletas na barriga".
Nunca percebi o porquê desta expressão.
Mas descobri, enquanto tratava de um assunto deveras importante, que está nas nossas mãos continuar a senti-las sempre que quisermos:
Uns, sentem - nas na barriga.
Outros, no cu.
[Obrigada Renova. Ou Lidl. Ou Pingo Doce. Ou ao génio que teve a ideia de pôr bonecada no papel higiénico achando com isso que a tarefa se tornaria mais...divertida. Blhéc.]
A-d-o-r-o blhéc aqueles casais que se tratam por 'Môr ou, mais enervante ainda,'Morzinho.
Fazem tudo juntos(este tudo vai desde uma ida ao ginásio a comprar roupa)
Têm o mesmo circuito de amigos;
Gostam das mesmas coisas;
Têm a mesma página de facebook /instagram;
Telefonam - se 10 vezes por dia;
...
-Ó Pequeno caso sério, então isso não é tão bonito? - perguntam vocês com um ar de alheira que foi picada por um palito.
' Pá, depende.
Há quem ache isso do mais lindo que há. Mas eu, cagalhão seco assumido, acho isso...sufocante. Mas ainda bem que não somos todos iguais e eu também nunca disse aqui que era um poço de virtudes (se é que a melgância se pode considerar uma virtude).
Acho o cúmulo da parolice aqueles casalinhos que até partilham a porra das passwords de acesso aos mails e afins.Invariavelmente, dá merda.
Foi o caso do Rodrigo e da Matilde.
Faziam tudo juntos e eram inseparáveis. Umas verdadeiras melgas almas gémeas muito fofinhicas e delicocoise.
Até que um dia, Rodrigo resolve usar o computador e não consegue. Tenta uma... duas vezes...e nada.
Decide então perguntar :
- Matilde , 'môr, mudaste a password do computador ?
- Mudei 'môrzinho .
- E qual é fofucha ?
- Oh...' morzinho , a data do nosso primeiro beijo.
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