Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Não. Não é uma música do Bonga.
Mas a verdade é que poucas coisas podem ser tão incapacitantes como uma merda qualquer enfiada no olho duma 'ssoa.
Pode ser uma pestana;
Um pelo da roupa;
Um grão de areia que veio trazido com o vento;
Um dedo que se enfia inadvertidamente.
O certo é que depois de nos coçarmos que nem umas malucas, a vista fica irritada e é aí que quero chegar.
Pergunto:
Há alguma coisa mais desconfortável do que meter pingos nos olhos?
E sou só eu que quando sujeita a esta tortura, abro simultaneamente a boca?
E também sou só eu que acerto em todo o lado menos nos olhos?
Não? Ainda bem . Fico mais descansada por não ser a única a fazer figuras tristes.
Ora os chenêses, esses visionários, são 'ssoas que sofrem muito da vista. Vai daí, inventaram um gingarelho muito bom para resolver a questão dos pingos.
Zero desperdício e 100% eficaz:
E depois admiram - se que os chenêses sejam uma superpotência emergente a ter em conta.
Ah pois é!
Sei que estão habituadas à parvoeira mas desta vez, a coisa tem outro tom. Se quiserem fazer a amabilidade de continuar a ler, já vão perceber porquê.
Esta coisa dos blogs pode ter várias motivações.Cada um saberá porque começou,qual o rumo que lhe deu e as consequências que daí tirará. Sempre fui despretensiosa acerca deste canto e , honestamente, nunca pensei que isto tivesse o lugar que ocupa hoje na minha sanidade mental rotina diária .
Um dia, uma grande Senhora com quem tive a felicidade de me cruzar nestas avenidas blogosféricas, teve a amabilidade de se oferecer para fazer disto um blog à séria no que à forma diz respeito.
Fiquei sensibilizada..por vários motivos. Primeiro, porque essa pessoa era (e é) um exemplo no domínio da escrita e escolheu ajudar-me de forma absolutamente abnegada tirando para isso, do seu valioso tempo. Depois, porque tinha (e tem) a capacidade inata de me levar a revisitar os cantos mais escondidos de mim. E acreditem,não é tarefa fácil.
O tempo foi passando e acho que posso dizer que nasceu entre nós uma amizade. Sei que isto parecerá estranho mas é o que sinto por esta grande Senhora da qual só sei o nome porque ela inadvertidamente, deixou escapar e eu, atenta ao pormenor, retive. Assim como retive todas as gargalhadas que me fez dar mesmo nos dias filhos da puta. E foram muitas.Tantas.
Um destes dias, sem que nada o fizesse prever, deixou - nos um último post. Sem direito comentários. (Murro número um)
Reação imediata? Contactar através do mail e aguardar resposta. Segundos depois, a resposta chegou:
"A conta de e mail já não existe."
(Murro número dois).
"Ok...pensa..tem de haver uma maneira de saber o que se passa...ah espera...não há!"
E essa é que é a grande merda.
Não posso fazer rigorosamente nada a não ser esperar que ela me contacte. Ou me leia. Como a primeira opção é pouco provável, vou arriscar a segunda.
"Querida Gaffe,
espero que te encontres bem mas sobretudo,em paz.
Não gostei que tivesses partido sem pré-aviso mas calculo que tenha sido essa a maneira menos dolorosa que encontraste para te...despedir de quem te seguia. Aceito. Contrariada, mas aceito. Resta-me apenas esperar que, se quiseres, me contactes. Ou que um destes dias , decidas voltar a escrever para nós. Continuarei a visitar o teu blog, à espera que isso aconteça. Diariamente.
Se não acontecer nenhuma das opções anteriores, resta-me a terceira, que honestamente espero não aconteça tão cedo...o tio Lúcifer vai adorar ter as duas por perto. Quem chegar primeiro, guarda lugar para a outra. Uma com Dior, outra com Chanel. Ambas lambuzadas com alheira até aos cotovelos.
Chama-lhe premonição, intuição ou apenas maluqueira da brava...mas o certo é que sem saber muito bem porquê,guardei uma foto das nossas primeiras trocas de palavras a propósito da rubrica do Sapo "Como eu blogo". Atenta na data : 8-5-2016.
O curioso é que, dois anos passados, não mudava uma vírgula do que escrevi.
P.S- enquanto o reencontro não se der, estarei no sítio do costume . Até já.
É talvez das coisas mais dificeis para mim: estar unica e exclusivamente concentrada num só item.
A vida tem demasiadas coisas que cativam a minha atenção. Tanto pode ser uma mosca que esvoaça um cagalhão como uma flor que nasce no meio do betão.
Adiante .
Dizia eu que estar concentrada é uma coisa muito dificil . Ler um livro sem perder o fio à meada é só um exemplo. Quantas vezes já dei por mim a ter de voltar atrás umas páginas para me "situar"? Ou numa conversa em que preciso de continuar a falar com uma pessoa enquanto a minha mente vagueia no universo dos nomes à procura de me lembrar como é que ela se chama? Ou quando alguém que se acha a última bolacha do pacote está a tecer um monólogo enquanto eu penso que decerto terá cuecas às bolinhas ou as meias rotas no dedão? É. O meu poder de concentração é muito limitado.
E quando eu achava que já detinha todos os recordes possíveis e imaginários no que à falta de concentração diz respeito, eis que a fasquia se eleva para níveis olímpicos :
Esfregona.
E balde.
Best Friends Forever.
A gaja não gosta de colchões de praia porque , em primeiro lugar, são perigosos. Uma 'ssoa deita - se em cima daquilo e quando dá por ela, esbardalha - se ao comprido dentro de água. E só as gajas sabem como de lá saem glamorosas com o cabelo colado à cara ou com uma mama de fora do biquíni.
Depois, há a questão do transporte. É preciso ter pachorra para andar a desfilar com um flamingo "xxl" debaixo do braço. Ou um donnut. Ou uma fatia de melancia. A gaja gostava de perceber como é que levam aquela merda dentro do carro. Parece que já estou a ver: uma família de quatro pessoas, no final de um dia de praia, mais os sacos, tudo atafulhado dentro do carro mais o cabrão do flamingo com dois metros de altura por um e meio de largura. Uma alegria.
A gaja sabe que há colchões que se enchem à boca ou à bomba mas ambos lhe causam repulsa. Os primeiros por causa da baba (blhéc!). Os segundos porque há poucas coisas tão deprimentes como um ser humano semi nu a dar à bomba. É só usar a imaginação e perceber que, em ambos os sexos, há sempre qualquer coisa que...abana. E não são as orelhas.
Por ultimo a gaja sublinha que acha muito parva a imagem representativa das férias para 99,9% das 'ssoas : alguém escarrapachado ao SOL em cima de um colchão de praia no meio de uma piscina (ou mar).
Toda a gente sabe que o Sol faz muito mal MAS como a gaja é muito boazinha, conseguiu arranjar o melhor de dois mundos:
A gaja sublinha que o modelo apresentado pode sempre ser (re)utilizado como meio de transporte para a outra vida. Pensa em tudo, esta gaja.
Todos os anos por esta altura recebo a visita de uma amiga especial.
Por norma vem sozinha mas já tem trazido a família. Aparece assim, sem avisar e vêm todos de mala e cuia.
Se acho falta de educação? Não, não acho porque entre nós não há esse tipo de cerimónias. Ela é de casa e os da casa não precisam avisar.
Achei - a mais gorda mas não lhe disse nada para não a melindrar.Mas está, a porca.Os filhos vão pelo mesmo caminho. Raça dos "putos"que não se deixam fotografar! Mas a minha amiga não tem problemas.Deixa - se fotografar na boa. Está - se cagando.
Esta minha amiga é um bocado peçonhenta mas lá está, não lhe posso dizer duma assentada, que é gorda e peçonhenta. Desconfio que esteja mais gorda devido à boa vida que leva. Aliás, se me perguntarem o que é que ela faz na puta da vida, eu não sei. Nem tão pouco sei o que faz nos meses de inverno pois desaparece do mapa.
Confesso que já tinha saudades dela.
É sempre bom revivermos os que nos são queridos, pois é?
P.S- para os xoninhas que a esta hora já estão a tecer comentários sobre o cotão e as teias de aranha que o candeeiro tem, ficam já a saber que não é porque sou badalhoca.Não senhor! Aquilo está ali de propósito pois é o pitéu preferido da minha amiga.
P.S.S- agora já podem tirar o zoom da foto.
P.S.S.S- E continuam.
P.S.S.S.S- Vocês são doentes.Vão - se tratar!
Fui pela primeira vez este ano à praia e só vos digo que fiz sucesso. Porquê?
Já conto. Cuscas 'pá!
Não foi o biquini;
Não foram os godilhões;
Não foi a beleza estonteante nem a altura de manequim.
Não senhor!
Toda a gente reparou em mim por outros motivos:
[É só usar a imaginação e mudar o sexo ao boneco.]
Algures em África.
Escola primária.
Professora diz aos alunos:
-Turma, hoje tenho um desafio! Quero que me digam uma frase onde utilizem o verbo hospedar.
Silêncio total.
Ninguém pôs o dedo no ar.
A professora, muito aborrecida, começa a questionar os melhores alunos da turma:
- Vá Damásio, quero uma resposta!
- Mi discurrrpa prrrofessorrra mas essa eu não sei...
- Então e tu Jefferson?
- Eu também não sei prrofessorrra, hospedar é uma palavra muito dificirrr...
- Difícil?! Difícil é aturar-vos ! Isso é que é difícil! ! Onde é que já se viu?! Uma turma inteira e ninguém é capaz de fazer uma frase com a palavra hospedar meu Deus?!
De repente, o aluno mais fraco da sala põe a mão no ar e diz:
-Eu sei prrrofessorrra!
-Sabes Mutumbo?! Duvido...mas olha, diz lá que mal não vai fazer...
- Os pedarrr da bicicreta são de prástico!
-Ai vais Pequeno caso sério?! 'Atão,'tás danada com o estacionamento da Madonna?
-Também, mas o motivo principal não é esse.
-'Tão , lá vais ganhar melhor?
-Também não.
-Recebeste um convite da rainha Belinha para ocupar o lugar dela quando quinar?!
-Isso queria ela!
-Ai pá...que feitiozinho de merda! Desvenda lá o mistério porra! Vais para Inglaterra porquê?
-Tendo em conta que estão aí que nem podem, capazes de enfartar, eu revelo.Vou para Inglaterra por isto:
[sosseguem que este bracinho não é meu mas ao nível da diferença de coloração, anda lá perto]
Maneiras que é isto.Tendo em conta que em terras de sua majestade se conduz ao contrário, pode ser que lá para o Natal tenha os dois braços da mesma cor.
Depois de um dia de trabalho cheguei a casa com a cabeça feita em papa.
A minha filha tentava manter uma conversa comigo onde me queria explicar quem era uma das funcionárias da Zara que ela teimava que eu conhecia mas que eu não estava mesmo a ver quem era:
ela- Sabes aquela funcionária da Zara que tu conheces?
eu- Gajinha, a Zara tem muitas funcionárias...
ela- mas esta tu conheces!
eu- Tens de ser mais específica...tendo em conta que são cinco da tarde e não me lembro do que almocei é muito natural que não me lembre de quem estás a falar...
ela- Sabes aquela a quem a avó contou "aquela cena"...
eu- não estou a ver... ah , espera...acho que já sei...é aquela que mora perto da avó?
ela- não.
eu- então não é aquela bonitinha de olhos azuis?
ela- não. É a outra.
eu- a gerente?
ela- não mãe!!!!!!!!
eu- a que costuma estar nos provadores?
ela- também não!
eu- ah...já sei quem é! É aquela que costuma estar na caixa com os cabelos muito compridos?
ela- Nãããããããooo mãe!
eu- Olha porra! Então não sei!
ela- Sabes sim! Lembras-te daquela vez que fomos comprar o meu perfume e falaste com uma funcionária?
eu- (já toda contente porque dessa realmente me lembrava) Sim sei !!!
ela- não é essa.
Qualquer ida à cabeleireira é uma pilha de nerves...principalmente quando têm a tesoura na mão.
Quem nunca foi vítima de um mau corte; de uma coloração errada ; de um mau penteado, que se acuse.
Regra geral as cabeleireiras fingem que ouvem o que nós pedimos,até acenam afirmativamente mas depois fazem só o que lhes dá na real gana .Bem, se calhar estou a ser um bocadinho injusta...Também há aquelas que cumprem escrupulosamente o que se lhes pede, por mais estranho que pareça :
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.