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A propósito desta trapalhada que tem acontecido nos aeroportos, lembrei - me de uma cena que se passou comigo no aeroporto de Nice e onde pude partilhar com o mundo mais um momento de glamour do qual sou inatamente dotada.
A fila para o embarque era gigante.Daquelas com as fitas a ordenar o gado.
Gente de todas as nacionalidades que falavam todos os dialetos possíveis e imaginários. Português? Nada. Só nós.
Maneiras que estávamos ali os três a bufar ,já passados com a lentidão de todo o processo quando , de repente , chega uma idosa que se vai esgueirando na fila, de braço dado com o marido.
Manquei a velha à légua e comecei logo a debitar poesia à velocidade de dez segundos e cada vez mais alto:
-Olha a velha...
-A tentar passar à frente de toda a gente!
-Deve pensar que somos todos parvos!
-Humf! Eu já lhas conto!
-Puta da velha!
-À minha frente é que ela não passa! AI NÃO PASSA NÃO !
De súbito, a velha olha para mim e diz:
- Ai isso é que passo porque o meu marido é doente e tem aqui um cartão!
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