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Todos nós gastamos boa parte da nossa vida na casa de banho e eu não sou exceção. Dos meus tempos de estudante ficou-me uma frase (proferida pelo meu professor de relações públicas) de uma profundidade e sapiência que me ficou para a vida. Dizia ele que "cagar quer descanso". Segui o conselho que o homem deu à risca desde então e , à conta disso, já tive grandes ideias na casa de banho mas também já lá tive ideias de merda.
Um dia destes, quando acabei de fazer o que só lá posso fazer, joguei a mão àquele que penso ser um dos mais úteis e negligenciados objetos do dia a dia : o papel higiénico!
Sou picuinhas com o papel higiénico . Não sou 'ssoa de limpar a minha fábrica de fazer cocó a um papel qualquer. Ah pois não sou!
Vai daí, pus-me a pensar na importância deste objeto que ocupa corredores inteirinhos de hipermercados tal é a variedade existente .
Há para todos os gostos e achei que estava na altura de alguém falar sobre as características de cada um de maneira a que ,da próxima vez que o forem comprar, possam fazer uma escolha fundamentada.
Há ainda um ponto prévio nesta análise. O papel higiénico é talvez dos únicos produtos verdadeiramente honestos e que não enganam o consumidor, ou seja, se dizem folha simples é mesmo simples. Se dizem perfumados podem contar com isso.
Comecemos pelo básico: o papel de folha simples. Como o próprio nome indica a folha simples é isso mesmo, simples. Se estamos a falar de uma coisa que vai limpar cocó, é capaz de não ser boa ideia sob pena de facilmente furarem a folha com um dedo /unha e o resultado ser uma grande merda.Literalmente.
Passemos ao papel de folha dupla. Um bocadinho melhor que o anterior mas ainda assim, fraquinho.
Seguidamente temos o de folha tripla. Três folhas que muitas vezes não fazem uma. Mas se tiverem dúvidas podem entreter-se a soprar um quadradinho para ver se tem mesmo três folhas. Eu já fiz isso. E sim , tinha mesmo.(Eu avisei que passava muito tempo na casa de banho).
A partir daqui entramos na liga Europa do papel higiénico: O de quatro folhas; o acolchoado , o premium ;o perfumado e o humedecido.
O de quatro folhas é o meu preferido. É fofinho , cumpre bem a sua função e desaparece das nossas vidas com um clique de autoclismo.
Depois vem o acolchoado. Não percebo a necessidade. Acolchoado para quê?! Não vamos fazer Sku para a serra da Estrela. Só vamos limpar o cú, certo?!
A seguir temos o premium. Premium????!!! Mas Premium de quê?! Vamos atribuir distinção ao cagalhão 'mai lindo e por isso temos de o enrolar numa faixa de papel premium , qual miss universo ,é? Paneleirices pá!
Seguidamente vem o rabeta dos papéis higiénicos: o perfumado! Mas perfumado para quê senhores?! Se a merda já cheira mal, para quê juntar-lhe mais um cheiro a rosas defuntas, hã?
Por ultimo vem a pior invenção de todos os tempos: o papel humedecido. Na prática são toalhitas de bebé mas com outras embalagens e que "supostamente" se podem deitar na sanita. Caiam nessa caiam e vão ver o que é toda a merda que fizeram, vir ao de cima. Literalmente.
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A esta hora estão vocês a dizer "olha, a gaja tem a mania que sabe tudo e esqueceu-se de falar no papel reciclado".
Não, não me esqueci. Então se eu disse que era picuinhas com a escolha do papel higiénico, acham mesmo que eu sequer equacionei usar um papel que é a puta de estrada dos papeis higiénicos? Não acreditam? Então pensem lá comigo: tem uma cor estranha; é rasca; arranha e já andou sabe-se lá onde.
Tenho ou não tenho razão?!
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