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A gaja não acha piada nenhuma a este dia.
Não porque não esteja grata pelas conquistas que as senhoras do passado fizeram - das quais ela beneficia - mas pelo lado...parvo que se deu à coisa.
Há lá coisa mais parva de que um grupo de gajas (por vezes dezenas delas.......'ca medo!) que se juntam num mega jantar servido por gajos ?
Há lá coisa mais parva do que receber do patrão uma flor para assinalar o dia quando no dia seguinte volta a fazer aquela cara de cu porque temos de sair mais cedo pois o filho adoeceu de repente?
E as fábricas que neste dia melhoram "o rancho" e no final do mês continuam a fazer distinção entre um homem e uma mulher que desempenham exatamente a mesma função?
E aqueles grupos de gajedo que neste dia solta a franga pelos outros 364 quando vão a uma casa de strip masculino?
Pois.
A gaja acha que ser gaja não é isto.
Ser gaja é ser respeitada todos os dias ;
É ter a liberdade de ir jantar com amigas quando lhe apetecer (e não apenas no dia 8 de março) , chegar às horas que bem entende e no dia seguinte partilhar as maluqueiras com o companheiro e rirem os dois;
É ser reconhecida (ou não) pelo seu mérito profissional e não em função do seu género;
É ter o direito de dizer umas caralhadas quando lhe apetece sem que olhos castradores se lhe dirijam com o argumento "isso fica tão mal na boca de uma senhora" (quando um homem diz exatamente a mesma merda sem que nada lhe seja apontado);
É sentir que chegou a casa e quem lá vive já fez a sua parte porque é mesmo isso, a sua parte, e não se "gabar" disso às amigas como se fosse uma sorte e não um dado adquirido;
É não deixar de ser quem se é 365 dias por ano.
Enquanto assim não for para todas, o dia da gaja será apenas isto:
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